Já fiquei um tempinho sem atualizar o blog, bora compensar com ruas que são, simplesmente… estranhas! Veja só:
Essa ruinha da Vila Tolstói, bairro de Sapopemba, é tão curtinha que não dá nem tempo para encontrarmos alguma explicação sobre o seu batismo. De certo não é por causa do famoso biscoito recheado…
A bebida preferida dos gaúchos dá nome a uma rua do Jardim Olinda, no Campo Limpo, zona sul. Mas, segundo o Dicionário de Ruas da Prefeitura, o Chimarrão da rua seria um “povoado do estado do Rio Grande do Sul”. Mas não encontrei… a prova que o Banco de Nomes tratou a quebrada com um certo desdém é que todas as ruas próximas têm nomes de outros obscuros povoados do país começados com C. O motivo: o preguiçoso Banco apenas pegou um trecho do índice da Carta dos Topônimos Brasileiros ao Milionésimo, publicado pelo IBGE, e foi tacando em cima do mapa. Daí, mesmo as travessas da Chimarrão que homenageariam pessoas, na verdade homenageiam algum lugar, como Catarina Guimarães (distrito de São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul) ou Chico Lupiá (também no Rio Grande do Sul).
O povão mesmo não liga muito pra isso, mas sempre tem um líder comunitário, um vereador da região que gosta de fazer uma média com os moradores dando nomes alusivos ao esforço dos moradores em levar a vida nos milhares (não é uma hipérbole) de conjuntos habitacionais da quebrada paulistana. É o caso da Coração da Cidade, que fica no extremo da ZL, a Cidade Tiradentes. Segundo a Prefeitura: ” “Fruto da mobilização e determinação da luta de homens e mulheres em garantir um lar para seus filhos, o mutirão Fazenda do Carmo, simboliza para os mutirantes o Coração da Cidade. De sol a sol, nos finais de semana, eles levantaram tijolo por tijolo e realizaram o sonho da casa própria”. Até chorei…
Me deu saudade da PUC agora ouvindo esse papo de seda… mas não tem nada a ver com o papel dos maconheiros, nem com o tecido, nem com nada. O banco de Nomes nos deve uma explicação – já que eu não tenho. Mas a vizinhança é pior. No final da Seda, chegamos na
É. Quando o bairro foi batizado, no começo dos anos 90, quem estava na crista da onda era essa ONG, que existe até hoje. Também é coisa de líder comunitário ideinha. Sobram mostras desse jeito de ser, simbolizadas pelo trio da consciência.
É mole? Mas é algo comum na região do Capão, fortemente marcada por movimentos de moradia, mutirões, os Racionais e o Ferréz.
A cidade não tem mar. Mas tem a cidade adeMar, na Zona Sul, onde fica a rua do Mar. Ok. Próxima (não consegui pensar em nada engraçado, desculpe).
Não, porque essa rua do Campo Limpo é do Vinho do Porto, a “bebida nacional de Portugal”, segundo o curto e grosso Banco de Nomes. Não é a única bebida que está presente na cidade.
Esse chá, que é uma luxuosa rua do Real Parque, é até normal. Ao contrário desse outro aqui, no Rio Pequeno:
Mas é uma curiosidade triste aos amantes dos logradouros pitorescos por duas razões. A primeira que essa praça, que não passa de um “balão” entre duas ruas, nem sequer tem uma placa. E a outra é que o Chá não se trata de nenhuma infusão alucinógena, seja das feitas com fitas VHS, o famoso Santo Daime, algum cogumelo psicodélico – ou ainda as Borboletas, igualmente psicodélicas. Não. É uma cidade (!) de Pernambuco.
Chega de bobagens por hoje. Mais tarde eu volto!